segunda-feira, 27 de junho de 2011

SEMINÁRIO DE RELAÇÕES PÚBLICAS

Olá!
Viemos convidar a todos os seguidores do blog Foca no Foco, para assistir o seminário de RP, que tem como tema: Relações Públicas, Imprensa e as Novas Mídias, hoje 27/06/2011 na UFT as 19 horas.

Contamos com a participação de todos!

Abraços!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como lidar com o Bullying


Por Mário Igor Sul

Há pouco tempo no Brasil começou-se a ouvir a palavra bullying, de origem inglesa e que ainda não possui uma tradução concreta para o português. Até então, toda a problemática do assunto abordado por este novo termo era encarado como “brincadeira de criança” e a escola e a família ainda não tinham acordado para a amplitude dos efeitos negativos, tanto físico quanto psíquicos, do bullying. Hoje estudos apontam esse tipo de violência como um dos fatores que levam alguns jovens a cometer suicídio.
O bullying caracteriza todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem nos ambientes sociais, onde uma pessoa ou um grupo cometem violência verbal, física ou sexual contra outros, segundo o médico Aramis Lopes Neto, coordenador do primeiro estudo feito no Brasil a respeito desse assunto — “Diga não ao bullying: Programa de Redução do Comportamento Agressivo entre Estudantes”, realizado pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia). Geralmente as vítimas são crianças e adolescentes com dificuldades de se relacionar socialmente e que possuem características consideradas “incomuns” pelos agressores, como por exemplo, a cor da pele, obesidade, classe social, sotaque e timidez. De acordo com Aramis “para os alvos de bullying, as conseqüências podem ser depressão, angústia, baixa auto-estima, estresse, absentismo ou evasão escolar, atitudes de autoflagelação e suicídio, enquanto os autores dessa prática podem adotar comportamentos de risco, atitudes delinqüentes ou criminosas e acabar tornando-se adultos violentos”. Hoje também se sabe que essas atitudes também são praticadas no trabalho, e podem fazer adultos e idosos de vítimas também, podendo causar nestes os mesmos efeitos destrutivos que ocorrem nas crianças.
O psicólogo Piettro Lamonier, que realiza trabalhos no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Palmas, explica que ainda não há um levantamento ou registro oficiais sobre a prática do bullying no Estado do Tocantins, mas é convicto de que “não estamos de fora deste problema”, diz. Os CAPS são unidades de atendimento intensivo e diário aos portadores de sofrimento psíquico grave, e Lamonier afirma que já acompanhou tratamentos de crianças onde os psicólogos observaram que elas sofriam com o bullying, porém nunca admitiam. A orientação que é dada aos pais das vítimas é de não minimizar o problema quando forem conversar com seus filhos, pois o diálogo é decisivo na hora de tratar esse mal. É importante ouvir a criança, explicar para ela sobre o que é o bullying e fazer com que o jovem sinta confiança o suficiente para lhe contar qualquer violência sofrida. Jamais se deve interrogar a vítima ou achar que a culpa é do adolescente ao imaginar que ele é sensível de mais ou incapaz de se defender, Conclui o psicólogo.
Vindo de uma família pobre e tendo estudado em escolas públicas, o administrador Pedro Mário Vieira, 41, desabafa dizendo que passou por algumas situações de bullying, mas que somente hoje compreende a dimensão da violência e toma todos os cuidados com seus dois filhos, Mariano, 17 e Joice, 13. “Na minha época quem se sentia magoado com isso era taxado de marica e as brincadeiras de mau gosto só aumentavam”, explica. Para a socióloga e vice-coordenadora do Observatório de Violências nas Escolas — Brasil, Miriam Abramovay, a prática do bullying não é o que existe no país. “O que temos aqui é a violência escolar. Se nós substituirmos a questão da violência na escola apenas pela palavra bullying, que trata apenas de intimidação, estaremos importando um termo e esvaziando uma discussão de dois anos sobre a violência nas escolas”, opina a coordenadora.
Independentemente da divergência entre os conceitos de cada pesquisador, o bullying é uma agressão que deve ser cuidadosamente prevenida dentro dos ambientes sociais, principalmente nas escolas. Para isso, os pais devem procurar saber mais sobre o assunto e manter um diálogo constante, uma relação de proximidade e confiançacom seu filho, para que o jovem não sofra em silêncio e passe por todas essas agressões sem qualquer amparo e supervisão. Já existem blogs e comunidades que recebem denúncias das vítimas e orientam a criança e o adolescente sobre o que devem fazer para escapar do tormento. Uma brincadeira só tem graça quando traz em si um sorriso verdadeiro de felicidade, pois quando há humilhação, perseguição e sofrimento é bullying.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Lei da Ficha Limpa como fator de escolha do Ministro do STF

JUDICIÁRIO

Por Janaina Buzachi

Em dois de outubro do último ano foi publicada no Diário Oficial da União a aposentadoria de Eros Grau, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que deixou disponível uma vaga dentre as onze da Suprema Corte. O processo de nomeação do novo ministro depende da indicação do Presidente da República e da aprovação do Senado Federal. Com os empates nos julgamentos dos casos de aplicação da lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010 tem-se especulado se a indicação do novo ministro não estaria vinculada ao interesse do resultado da votação.

Em entrevista exclusiva, o Juiz Federal e ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins, Marcelo Albernaz, explicou esse e outros pontos que permeiam a lei da Ficha Limpa. O juiz que é defensor da aplicação da lei ainda para as eleições de 2010 e votou contra o registro de candidatura do governador cassado Marcelo Miranda, acredita que os casos de maior repercussão da mídia já foram julgados. Ele se refere aos julgamentos do candidato ao governo do Distrito Federal, Joaquim Roriz, e do candidato à Deputado Federal pelo estado do Pará, Jader Barbalho. Sendo assim, o desempate no STF não seria fator determinante para a escolha do novo ministro.

O ouvidor da Justiça Eleitoral do Tocantins, o Juiz Federal
Marcelo Albernaz, não acredita na vinculação da escolha
Foto: Janaina Buzachi

Além disso, explicou Albernaz, em votação por maioria (7 x 3) os ministros da Suprema Corte já teriam, decidido pela aplicação da regra do regimento interno, segundo a qual, em caso de empate, o ato contestado permaneceria válido. Questionado se o critério de desempate não estaria suprimindo uma alçada da jurisdição, a de que o STF deixaria de apreciar a matéria, o Juiz Marcelo Albernaz foi enfático: “essa seria a melhor decisão, considerando que se o STF optasse pelo voto de qualidade do Presidente estaria preferindo uma decisão singular a uma de um colegiado, no caso Jader Barbalho, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)”.

Está cotado para ocupar o cargo de Ministro do STF o atual presidente do STJ, Francisco César Asfor Rocha; o especialista em direito constitucional Luis Roberto Barroso; o advogado criminalista Arnaldo Malheiros; o Ministro do STJ Luis Fux; e o também ministro do STJ Teori Zavascki. Para Albernaz, independente das especulações, o novo ministro deve ser bem escolhido e de preferência ainda no atual governo.

Redes de controle social

TRIBUNAL DE CONTAS DO TOCANTINS, AMPLIA  PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO ATRAVÉS DO PROJETO AGENDA CIDADÃ, QUE CAPACITARÁ GESTORES E COMUNIDADE PARA A FISCALIZAÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS

Por Ênio Oliveira

Com o fim de facilitar o acesso da população às ferramentas de promoção do controle dos gastos públicos. Foi lançado pelo Tribunal de Contas do Tocantins, o Projeto Agenda Cidadã, que consiste na Inclusão digital com responsabilidade social. O projeto é resultado do convênio firmado entre o TCE e o Ministério da Ciência e Tecnologia.

O projeto tem o objetivo de proporcionar o acesso da população às tecnologias da informação, desenvolver mecanismos de controle social sobre a administração pública, estimular a sociedade civil ter um papel mais eficiente no controle das ações governamentais, para que desse modo sejam deflagrados os procedimentos que resultam em corrupção no tratamento dos recursos públicos.


Sede do TCE-TO em Palmas
Foto: Divulgação TCE-TO
 Foram contemplados 60 municípios do Tocantins, os quais receberam kits contendo todo o material educativo e equipamentos eletrônicos para transmissão das tele-aulas do programa de Formação dos Agentes Públicos (FORMAP). O público de alcance foram técnicos e gestores públicos, membros de conselhos, diretores de escolas que prestam contas de recursos públicos bem como toda a comunidade, pois a prioridade do projeto é o desenvolvimento da cidadania.

Segundo a diretora do Instituto de Contas do TCE, Dagmar Gemelli, “esses municípios receberam uma televisão de 32 polegadas, um DVD, três computadores, alguns municípios receberam cinco computadores, de acordo com o número de habitantes. Toda a comunidade e também os servidores das prefeituras municipais terão acesso a esse material para essa capacitação”, declarou.

Ação da comunidade - O controle social é a participação da sociedade nas gestões públicas, desde o planejamento, execução, à avaliação final das ações. Qualquer cidadão pode ser um fiscal da aplicação do dinheiro público, seja por meio da sociedade civil organizada em conselhos, ONGs ou ação individual. É garantido por Lei que qualquer cidadão pode ser fiscal das contas públicas, bem como a obrigação dos gestores em disponibilizar as contas do estado ou município para o exame e apreciação de qualquer contribuinte durante 60 dias.

Com o advento da internet, o acesso a essas informações tornou-se mais fácil e rápido. Agora qualquer pessoa pode acessar os portais que trazem todas as informações sobre as receitas e despesas realizadas pelos órgãos públicos. A Controladoria Geral da União, por exemplo, disponibiliza em seu sítio eletrônico www.portaltransparencia.gov.br o valor dos recursos repassados pelo Governo Federal aos estados e municípios. As informações podem ser cruzadas no portal do Tocantins, www.transparencia.to.gov.br e da mesma forma na página eletrônica do TCE-TO (www.tce.to.gov.br/portalcidade), onde estarão disponibilizadas  tanto as contas do próprio TCE quando as informações dos gastos dos municípios.

Todo o material do Agenda Cidadã estará disponível nas secretarias de educação dos municípios contemplados. “Recomendamos que todas as pessoas façam parte do programa, indo às secretarias de educação de seu município, onde haverá uma pessoa encarregada que é o chamado assistente de sala, Essa pessoa fará as inscrições dos interessados, bem como a  entrega de todo o material didático, além de informar o local onde serão as aulas e o horário. A perspectiva é que o controle social, por meio desse projeto, possa ser desenvolvido na rede pública de ensino”, disse a diretora do Instituto do Controle de Contas do TCE.

Dagmar diz que população deve atuar
como fiscal na aplicação dos recursos
Foto: Divulgação/TCE-TO
Fiscalização - Para Dagmar Gemelli, “é importante frisar que a população deve atuar como fiscal da aplicação dos recursos públicos, por exemplo, verificando se a merenda escolar que está sendo oferecida é uma merenda escolar de qualidade, ou se uma obra publica que está sendo construída está em conformidade com que foi apresentado nos gastos públicos. “Enfim, isso é fortalecer o que se chama de redes de controle, e esperamos que essas pessoas levem ao TCE suas denúncias, através de nossa ouvidoria”, finalizou.

Ao todo, foram realizados seis encontros no estado, já que o projeto foi dividido de acordo com número de relatorias do Tribunal. Os municípios contemplados no lançamento do dia 7 de outubro foram, Palmas; Aparecida do Rio Negro; Barrolândia; Chapada de Areia; Lajeado; Rio do Sono; Monte Santo Tocantins; Santa Tereza Tocantins; Pugmil. Já no dia 14 foi lançado nos municipios de Araguacema; Colmeia; Divinopolis do Tocanitins; Fortaleza do Tabocão; Guaraí; Itacajá; Rio dos Bois; Lizarda; Pedro Afonso; Caseara. No dia 19 foi a vez dos municípios de Aguiarnópolis, Ananás; Angico; Araguatins; Augustinópolis; Buriti do Tocantins; Itaguatins; Riachinho; Tocantinópolis; Xambioá. No dia 21 em, Araguaína; Arapoema; Babaçulândia; Colinas; Filadelfia; Itaporã do Tocantins; Campos Lindos; Pau D’Arco; Pequizeiro; Presidente Kennedy. No dia 25, em Almas; Arraias; Dianópolis; Monte do Carmo; Natividade; Pindorama do Tocantins; Ponte Alta do Tocantins; Porto Nacional; Taguatinga; Taipas do Tocantins. E no dia 26, Tocantínia; Araguaçú; Dueré; Formoso do Araguaia; Nova Rosalândia; Paranã; Gurupi; Peixe; São Salvador e  Lagoa da Confusão.

Para quê serve um deputado?

COM MENOS DE TRÊS MESES DAS ELEIÇÕES QUE DECIDIRAM OS RUMOS DO TOCANTINS NOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS, ELEITORES NÃO SE LEMBRAM EM QUEM VOTARAM E DIZEM NÃO SABER A FUNÇÃO DE UM DEPUTADO

Por Ênio Oliveira

Você sabe qual é a tarefa de um deputado estadual? Das pessoas indagadas por esta reportagem, nenhuma soube ao certo o que faz um deputado na Assembléia Legislativa do Tocantins e, com menos de um mês das eleições, muitos nem sequer se lembram dos nomes dos candidatos para os quais votaram.

Plenário da Assembleia Legislativa do Tocantins
Foto: Benhur de Souza / Divulgação AL-TO
Para Ivonete Pereira de Souza, 46 anos, enfermeira, seu desinteresse pelos rumos que a política assumirá no estado é em virtude da falta de transparência nas decisões tomadas pelos representantes do povo. “Eu não me lembro em quem votei para deputado estadual, também no que adianta, eles ficam doidos aí, atrás de voto durante as eleições e depois melhorias para o povo, ninguém vê”, declarou.

Fala-se bastante em democracia e cidadania, discurso que ganham maior evidência durante as eleições, no entanto, parece que se ignora que a construção tanto da democracia quanto da cidadania é um esforço coletivo. Muitos dos entrevistados afirmam terem votado para candidatos simplesmente pela obrigatoriedade do voto ou por levarem vantagens ilusórias, pecuniárias ou promessas de cargos. Como declarou Deusdete Ferreira Cruz, 56 anos, motorista. “Rapaz eu votei em fulano, por que foi gente dele lá na minha casa e me deu R$ 50,00 para que eu e minha família votarmos no candidato dele. Eu estava precisando por isso eu votei nele, mas eu não sei mesmo o que faz um deputado não, só sei que eles ganham muito para não fazer nada”, confessou.

Segundo a pesquisa divulgada pela Transparência Brasil (http://www.transparencia.org.br/), uma organização não-governamental comprometida com o combate à corrupção, em 2007 gastava-se o equivalente a R$ 2.007.848,92 ao ano com cada um dos 24 deputados  estaduais no Tocantins. Isso sem levar em consideração os gastos com folhas de pagamento de funcionários que mantém a estrutura de cada gabinete. Também sem considerar as quantias informais que cada deputado recebe anualmente em acordos com o Poder Executivo, o que implicaria em torno dos R$ 48.188.352. E sem falar dos reajustes salariais. Em contrapartida, um trabalhador assalariado recebe ao ano a quantia de R$ 6.120,00 para se manter refém das políticas que são aplicadas sobre suas vidas.

Segundo, Miguel Soares, 42 anos, ambulante “eu acho que o papel de um deputado é corrigir a administração do governo, mas sinceramente eu não me lembro do deputado em quem votei, só sei que é um absurdo tinha era que procurar fazer um meio de acabar com essas mordomias deles, o salário deles já é muito alto e é todo dinheiro nosso”.

O quê faz um deputado - Um deputado estadual, segundo a constituição brasileira de 1988, é um representante do povo no parlamento, é o detentor do cargo político que tem a incumbência de representar o povo na esfera estadual. Sua principal função no exercício do cargo é legislar, propor, emendar, alterar e revogar leis estaduais, tanto quanto fiscalizar as contas do governo estadual, bem como criar comissões Parlamentares de Inquérito e outras atribuições referentes ao cargo.

Teoricamente essas seriam as incumbências de um deputado na Assembléia Legislativa, no entanto, em termos práticos todos sabem que o trabalho de fiscalização sobre as contas da administração do governo é essencialmente formal. No que tange às comissões parlamentares de inquérito, estas passam a figurar na agenda do legislativo quando há um fato em grau de escândalo na opinião pública, principalmente.
Quanto à apresentação de projetos de lei, há muitos e muitos casos de projetos criados apenas para gerar ares de competência e trabalho, porque as chances de entrar em pauta nem sempre são grandes, mais ainda, de vir a tornarem-se leis. Diante desse quadro fica justificado o fato da maioria da população não saber para quê serve um deputado.


Opiniões

Elaine Cristina, 27 anos, empregada domestica
“Eu não votei em nenhum candidato a deputado estadual, porque eles deveriam cuidar melhor da população e eles não cuidam. A gente chega para ser consultada nos hospitais e não tem médico, não tem nada, muitas vezes a gente espera até o outro dia. Na hora de pedir voto eles estão na porta da gente toda hora”

Ivonete Pereira de Souza, 46 anos, enfermeira
“Eu não me lembro para quem votei para deputado estadual não, mas eu acho que a função deles é aprovar leis, também no que adianta,eles ficam doidos aí, atrás de voto durante as eleições e depois melhorias para o povo, ninguém vê. O que a gente vê é retirar dos pobres para dar para esses deputados, a gente vota porque é obrigado”

Luiz Ferreira Franco, aposentado
“Eu realmente não me lembro para quem eu votei não, mas é uma pena que a gente viva numa situação em que não é a lei que governa os políticos, mas são os políticos que tão governando as leis, e quem fica prejudicado com tudo isso é a gente, o povo. Eu acho que não é legítimo o cargo de deputado”

Deusdete Ferreira Cruz, 56 anos, motorista
“O que é para eles fazer o pior é que eu sei, mas o que eles fazem mesmo é uma roubalheira danada, rapaz eu votei em fulano, por que foi gente dele lá na minha casa e me deu R$ 50,00 para que eu e minha família votássemos nesse candidato. Eu estava precisando, por isso eu votei nele. O trabalho deles é fiscalizar o governo, mas eles não fazem isso, só sei que eles ganham muito para não fazer nada”

José Soares dos Santos, 54 anos, mestre-de-obra
“O que eles deveriam fazer era cuidar dos interesses do pessoal que botou eles lá dentro né? Mas o que eles fazem de fato é ficar sentado debaixo do ar condicionado puxando o dinheiro deles e pronto. Eu não me lembro em quem votei, mas se eu falasse que tivesse votado em fulano ou sicrano ia dar na mesma, é tudo farinha do mesmo saco”

Miguel Soares, 42 anos, ambulante
“Eu acho que o papel de um deputado é corrigir a administração do governo, mas sinceramente eu não me lembro do deputado em quem votei, só sei que é um absurdo. Tinha era que procurar fazer um meio de acabar com essas mordomias deles, o salário deles já é muito alto e é todo dinheiro nosso”

Cristiane Maria Rosa, 36 anos, dona-de-casa
“Sim eu me lembro em quem votei e a função de um deputado estadual é fiscalizar o governo estadual. A gente tem que votar porque é por meio do voto que a gente pode buscar melhorias, mas infelizmente isso nunca é feito para a população, mas a população tem que ser mais participativa também, tem que ir lá reivindicar”

A Face da Mulher na Religiosidade Atual

MACHISMO E DISCRIMINAÇÃO CONTRA A MULHER
AINDA ESTÃO PRESENTES NO CENÁRIO RELIGIOSO

por Taciano Gouveia

Apesar dos grandes avanços conquistados pelas mulheres, no meio religioso, ainda há uma sensível discriminação de seu papel. Em muitas igrejas, mulheres ainda não podem ocupar cargos comuns aos homens.

Pastora Noeme diz que preconceito é alimentado por
interpretações erradas dos textos bíblicos
Foto: Taciano Gouveia
As justificativas são de ordem teológica, histórica e institucional, “Essa resistência ocorre por interpretações machistas de textos bíblicos que são usados isolados de seu contexto, e que não explicam o assunto todo”, afirma Noeme de Matos Wirth, pastora da Igreja Metodista (a primeira igreja a ordenar pastoras no Brasil). Além dos cargos, ainda existem comportamentos que são mais cobrados das mulheres, do que dos homens. “Quando pertencia à uma outra denominação e fiquei grávida sendo solteira, fui suspensa dos cargos e atividades que ocupava. E quando rapazes da igreja passavam pelo mesmo, não eram suspensos de tudo e eram menos cobrados pela comunidade”, declara Natalia Cristina, diaconisa da Igreja Fonte da Vida. “Muito do machismo nas igrejas evangélicas já foi vencido, mas tem muito ainda a ser feito, pois ainda existem grupos que endurecem o reconhecimento das mulheres como líderes, tentando mantê-las apenas como serviçais”, diz Vanilda Colombari, ex-missionária da Igreja Luz para Todos os Povos.

A Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Cristã no Brasil, bem como, as Igrejas Ortodoxas Orientais ainda não ordenam mulheres como sacerdotisas ou a postos de liderança equivalentes aos dos homens, “Eu não concordo com essa divisão, mas creio que a mudança virá, porque, na prática, a liderança feminina já exerce na profundo papel de importância na minha igreja e é questão de tempo para ser normatizado”, diz a arquiteta católica Carol Zacché, integrante do círculo de oração da Casa de Maria. “Minha igreja não é vanguarda neste assunto”, diz a irmã Maria Eugênia, freira da Ordem Dominicana em Palmas, mas lembra que quando Jesus curou a sogra de Pedro “esta começou a servi-los” sendo portanto a primeira diaconisa/diácono mencionada nos evangelhos, e lembra que a maioria dos cristãos e lideranças eram compostos por mulheres no início do cristianismo. Também acrescenta que existe muito a ser feito para restaurar o feminino na Igreja Cristã “e mesmo que leve outros 500 anos, nós conseguiremos”.

Paula Aquino, membro da Juventude Espírita da FEB (Federação Espírita Brasileira), conta que “no espiritismo esse não foi um problema central”, já que o movimento espírita no seu início foi recebido especialmente por intelectuais socialistas, que consideravam que o casamento e a mulher eram tratados como propriedade privada, coisa a ser emancipada. Isso facilitou a discussão, superando a barreira das posições ocupadas por mulheres, mas admite “pouco fizemos ativamente como espíritas na militância pela inclusão das mulheres no Brasil”.

O lucro do lixo

PERSONAGEM

EX-FUNCIONÁRIO PÚBLICO TROCA O TRABALHO CONVENCIONAL PELA COLETA DE LIXO E PROVA QUE HOJE ESSA É UMA ATIVIDADE ECONÔMICA RENTÁVEL

Por Carlito Rodrigues

Souza trabalha com sucata há 6 anos
Foto: Carlito Rodrigues
“Eu amo sucata”! É assim que Antônio Guimarães Souza, 42 anos, casado, pai de três filhos e ex- funcionário público se expressa quando fala sobre sua atividade econômica. Ele trabalha nas ruas de Palmas recolhendo materiais recicláveis, ou sucata como é chamado no jargão popular, há aproximadamente seis anos.

Ao contrário do que muita gente pensa, essa é uma área rentável. Com a crescente a quantidade de produtos jogados fora diariamente como papéis, plásticos e metais, o trabalho colabora com o meio ambiente. ”Eu acredito que existe o emprego ideal para cada pessoa e eu encontrei o meu. Eu amo o que faço,” diz Antônio Guimarães ao lembrar que começou o investimento com uma TV usada e R$ 500,00, usados na compra de um carro para carregar os materiais.

Atualmente ele possui dois veículos utilitários que são usados para a coleta, uma casa e um carro de passeio, tudo obtido com o retorno desse investimento. Ele revela que ainda sofre discriminação por exercer um trabalho em que, geralmente, sua bastante e que é inevitável que se suje. “As pessoas vão muito pela aparência, acham que sou um desocupado e nem me reconhecem quando estou dirigindo meu carro e trajando roupas limpas”.

Um problema que Antônio enfrenta em épocas de chuvas é com a fiscalização da Prefeitura, pois todo o material acumulado fica em seu próprio lote até ser enviado ao seu destino para ser processado, o que poderia gerar doenças. Ele afirma, entretanto, que o tempo de permanência é muito curto e o que há, na verdade, é uma rotatividade diária desse material.

Após uma separação seletiva, esses objetos são prensados e vendidos a uma empresa que por sua vez repassa para as siderúrgicas para serem transformados em novos produtos. O lucro é de aproximadamente R$ 0,30 por quilo de sucata. Conforme Antônio, em torno de trinta pessoas trabalham nesse ramo na cidade, mas como a maioria é autônoma, é difícil se ter um número exato.

De qualquer forma, percebe-se que é possível viver da sucata e essa é só mais uma das novas configurações de trabalho que vão surgindo no cenário atual.

Chegada do novo shopping impacta vendas

COMÉRCIO

COMERCIANTES DO CENTRO E DEMAIS LOJISTAS ALEGAM QUEDA NO FATURAMENTO APÓS INAUGURAÇÃO DO CAPIM DOURADO SHOPPING

Por Arianne de Moraes

Com inúmeras opções de lojas e em diferentes ramos, o Capim Dourado Shopping trouxe à Capital uma maior concorrência e mais opções de escolha para os tocantinenses, o que para o consumidor é um alívio porque não ficará mais limitado a uma ou outra opção de compra. Em contrapartida a esses pontos positivos, os comerciantes do centro de Palmas reclamam da queda nas vendas e a visível diminuição do fluxo de clientes.

Foto: Divulgação/Capim Dourado Shopping

Presidente da CDL,
Silvio Cunha
Foto: Divulgação CDL

Com chamativas promoções e liquidações, as lojas que não estão instaladas no novo shopping tentam manter, pelo menos, a clientela mais fiel no intuito de combater os preços das grandes empresas como a Lojas Renner, Riachuelo e Marisa. Nem sempre com o resultado que se espera, esses lojistas vêem uma certa desigualdade na concorrência. “As novas lojas instaladas na capital trazem inúmeros produtos importados e conseguem ter um fluxo de caixa bem maior para manter os preços lá embaixo, diferentemente de nós que temos um rendimento não muito significativo no final do mês”, diz Carol Fernandes, sócia da loja Sol & Cia, instalada no centro da capital.

Para o presidente da CDL, Silvio Cunha, qualquer novo comércio na capital será bem vindo. “Os investimentos no estado não podem parar pensando em conter uma possível concorrência aos demais proprietários de lojas em Palmas, deixando assim de aquecer o comércio. O que tem que haver, é uma busca incessante por renovação de estoque, disponibilidade de produtos e promoções que atendam os clientes que estão cada vez mais exigentes”, afirma ele.

Os lojistas e comerciantes da capital estão procurando se adaptar a esse novo cenário, visando que esse crescimento pode ser oportuno para aquecer suas próprias vendas, reconquistando o público e firmando seu compromisso com aqueles clientes mais fiéis.

Foto: Divulgação/Capim Dourado Shopping
Pelo sim ou pelo não, esses fatores indicam que o estado está sendo um centro de novas oportunidades de crescimento e geração de empregos, e essa projeção só tende a fortalecer nossa economia tornando o Tocantins uma referência de bons negócios.

Capital ganha um novo centro de compras e entretenimento

Comércio

LOJISTAS DO NOVO ESPAÇO FALAM SOBRE AS VENDAS E OS LUCROS ESPERADOS NO SHOPPING CAPIM DOURADO

Por Ana Paula Barreira Santiago

O novo shopping de Palmas, o Capim Dourado, é o maior shopping do estado do Tocantins.  Foi inaugurado no dia 17 de agosto de 2010. Além de ser uma aposta de crescimento financeiro para Palmas, promete ser o maior centro de compras e lazer da região.

Foto: Ana Paula Barreira Santiago
De acordo com Yesfang de Araújo, vendedora da loja infantil Lilica e Tigor, o estabelecimento está sendo bem aceito e visitado, pois as vendas estão cobrindo os gastos e obtendo, assim, o lucro esperado. “A loja tem uma filial no Palmas Shopping onde o volume de vendas é inferior, se relacionado às vendas da loja no Capim Dourado”, conta ela.

Foto: Ana Paula Barreira Santiago

As lojas Scala e Casa & Cia registram um movimento razoável. Também estão conseguindo cobrir os gastos, mas, por serem as únicas lojas em Palmas, esperava-se um maior movimento, segundo contam as gerentes das lojas. No caso da loja Scala, a gerente Sônia Maria Gama conta que as vendas no começo do mês melhoram, mas que no final do mês voltam a cair.

Foto: Ana Paula Barreira Santiago
Raimunda Bastos, gerente do Boticário, diz que o lucro da loja está dentro do que se esperava, porém no Palmas Shopping as vendas são melhores. “Isso porque a loja no Capim Dourado ainda é nova e o shopping não foi concluído ainda, mas que futuramente irá vender mais que no Palmas Shopping”, acredita ela.

A visão dos lojistas que apostaram no Capim Dourado é que o shopping ainda é novo por isso as vendas em algumas lojas ainda estão fracas, mas que futuramente, com o shopping concluído, as vendas só tendem a melhorar, já que o local é visto como uma opção de entretenimento, turismo e negócio.

O Natal “tá caro pra chuchu”

VENDAS


AMBULANTES DE PALMAS AMARGAM QUEDA NAS VENDAS E APOSTAM NO FIM DO PERÍODO NATALINO E FIM DE ANO PARA REVERTER SITUAÇÃO


Por Álvaro Tavares Maia


Enquanto as vendas correm às mil maravilhas e as lojas chegam a duplicar seu lucro no período natalino, nos cantos menos privilegiados de Palmas os vendedores ambulantes apenas têm como opção esperar que passem os períodos festivos para que as vendas voltem ao normal.

Por terem um poder aquisitivo menor,; vários microempresários informais se instalam em locais como camelódromos, feiras e estações de ônibus. “O jeito é tentar ganhar a vida aqui mesmo. Não tenho condições de alugar um ponto comercial”, alega o ambulante Pedro Costa. Ele vende roupas e outros artigos de uso pessoal na estação de ônibus Apinajé.

Entretanto, as dificuldades aumentam no período natalino. As pessoas viajam e o movimento fica fraco. É o que aponta José Afonso, vendedor de salgados e afins. Aos serem questionados acerca do mesmo assunto, ambulantes da Área Reservada ao Comércio Ambulante (Arca), também conhecido como camelódromo central, dizem que além de serem forçados a aumentarem o preço da mercadoria por conta dos impostos, não conseguem competir com as grandes lojas que fazem promoções atrativas para o público. ”O pessoal reclama do preço, mas a gente tem que aumentar. Senão, não dá conta de pagar os impostos”, reclama Maria de Lurdes que tem uma lojinha de artigos para celulares e eletrônicos.

A solução para tal situação não é consenso. Alguns dos ambulantes acham que menos impostos facilitariam as vendas, outros que não deveria haver impostos. Há ainda aqueles que acham que o que se pode fazer é se conformar e esperar o Natal passar. Fica para a prefeitura municipal a apelação dos comerciantes que esperam uma solução, uma ajuda, uma mão ou pelo menos alguma atenção.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Gigante Adormecido do Tocantins

Por Caio Capela

Visão para a Tribuna de Honra e as Cabines de Imprensa. Foto: Caio Capela

Não é por acaso que por possuir quatro equipes que representam o nome da capital do Tocantins, o Estádio Estadual Nilton Santos é um dos principais atrativos para a população palmense de lazer e entretenimento. Apesar de ser o maior estádio do estado com capacidade para até 12.000 pessoas, a média de público no Campeonato Tocantinense nos últimos anos não tem sido tão expressiva.

Para se ter uma ideia, esta média está bem longe daqueles 9.941 expectadores do dia 27 de fevereiro de 2008, quando o Palmas foi derrotado por 7 a 0 pelo Atlético-MG na disputa da Copa do Brasil. A razão incômoda dessa lamentável situação pode ser apontada pelo horário das partidas no meio da semana que a FTF (Federação Tocantinense de Futebol) destinou à tabela e também pelo momento de dificuldade financeira que os clubes se encontram, não proporcionando um bom método de divulgação dos jogos. Vale lembrar que já está definida a tabela do Campeonato Tocantinense 2011 sendo que, na 1ª fase, nenhum dos seis jogos na capital será disputado no domingo.

Situado no extremo sul do Plano Diretor, o estádio recebeu apenas 555 torcedores como maior público no estadual deste ano, perdendo consideravelmente para cidades do interior como, Araguaína e Gurupi. Reflexo de todo esse resultado está nos clubes. Em 2010, São José, Tubarão e Palmas ficaram nas últimas colocações do Tocantinense. Só o São José escapou do rebaixamento. É uma realidade triste para o futebol de Palmas.

Visitas - A assessora de comunicação da Secretaria do Esporte, Érica Lima, informou que o estádio não é aberto para visitas cotidianas, mas somente com autorização especial. A confusão se inicia por aí, já que a Diretoria de Esportes declarou por telefone que basta “conversar com o guardinha” para obter o acesso.

No início de março de 2011 começa mais uma edição do campeonato, a 19ª. Com exatamente a metade de títulos conquistados pela soma dos clubes do interior, o futebol da capital tenta com o São José, construir uma tradição quase inalcançável que envolva o público. Se não, ainda continuaremos a ver poucas pessoas vestindo os uniformes nas ruas.
Gramado do Estádio Nilton Santos visto da Tribuna de Honra. Foto: Caio Capela

Enduro a pé movimenta o ecoturismo de aventura no estado

Por Cristiane Dalastra

Foto: www.40grausnocerrado.com.br

Um esporte de aventura que começou a se difundir no Brasil nos anos 90 e vem atraindo muitos adeptos no Tocantins e em todo o país, é o enduro a pé. O Circuito Tocantinense desse esporte existe desde 2005, contando com aproximadamente 40 equipes. Já são mais de 7.000 aventureiros espalhados por todos os cantos do Brasil.

Poucas pessoas conhecem as regras desta modalidade. O enduro a pé é uma prova de regularidade, tendo por objetivo realização de um percurso predefinido por equipes, em um tempo determinado; percorrendo trilhas, atravessando riachos, estradas, subidas e decidas. Durante o percurso, existem os PCs (Postos de Controle) com a finalidade de controlar e monitorizar cada equipe. Passar atrasado ou adiantado nos PCs representa penalizações. Vence a competição a equipe que concluir todo o percurso com a pontuação mais próxima de zero.

A prova é idealizada para qualquer tipo de pessoa acima de 12 anos e a equipe deve contar com um integrante do sexo feminino. João Pedroso de Moura, 65 anos, funcionário público, praticante do esporte desde 2007, entende que “esse esporte faz bem a saúde, e coloca os participantes em contato com a natureza, é emocionante e tem sua dose de adrenalina”.

Além de aliar boa segurança com preço baixo, o enduro a pé pode ser praticado não só entre amigos, mas com os próprios familiares, assim como Silvia Carvalho de Oliveira, 30 anos, advogada, que participa do esporte acompanhada do esposo. Ela acredita “que a competição existe, mas a interação e a descontração entre as equipes sem dúvida prevalecem, se tornando um esporte que faz bem para o físico e para a mente”.

Diego Sommer, 32 anos, turismólogo e organizador do evento, define a importância desse esporte no cenário Tocantinense, destacando-se que “no estado do Tocantins ainda temos uma área bastante preservada, usamos o esporte para aproximar os competidores da natureza, sempre conscientizando sobre a importância da preservação ambiental. Além disso, o Circuito Tocantinense de Enduro a Pé, visa alavancar o turismo de aventura no estado, uma vez que o Tocantins possui um grande potencial”.

Durante este ano já foram realizadas 4 etapas, a  primeira no Parque do Lajeado; a segunda na Vila Pedreira; a terceira em Palmas e a última etapa de 2010 que aconteceu em novembro na Fazenda Encantada no distrito de Taquaruçu.

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Academia ao Ar Livre: Todos podem usufruir

Por Melânia de Kássia

Academia na praça da 906 Sul. Foto: Melânia de Cássia

O projeto Academia ao Ar Livre da prefeitura de Palmas e Secretaria Municipal de Saúde consiste na montagem de equipamentos para atividades físicas em praças públicas de fácil acesso da população. São quatro academias em toda a cidade distribuídas nas quadras 906 Sul, 108 Sul, 303 Norte e Aureny III. Cada uma dispõe de nove equipamentos diferentes que trabalham determinada musculatura. A orientação sobre a funcionalidade de cada equipamento está disposta em placas fixadas no mesmo local dos aparelhos.

As academias ficam lotadas todos os dias, principalmente nos períodos matutino e noturno. É a comunidade usufruindo de um bem público. Mas será que existe alguma restrição na utilização desses aparelhos?

Segundo a fisioterapeuta e responsável da área técnica de promoção da saúde (SAMUS), Tieme Kojo, os equipamentos foram aprovados pelo Ministério da Saúde e têm como principal objetivo deixar a comunidade autossuficiente tirando-a do sedentarismo. Por isso, os equipamentos são de níveis médios a moderados impactos físicos, não representando qualquer perigo ou lesão para quem usufrui. No entanto, o cuidado deve ser voltado às crianças que ao acompanharem os pais ou responsáveis, utilizam os aparelhos que por sinal não foram projetados para esta faixa etária. As placas de aviso ajudam identificar quem pode utilizar ou não.

A educadora física, Sheila Cristina, afirma que as lesões não são causadas pelo tipo de aparelho, mas pelo exagero das atividades ou a má utilização dos equipamentos. Ressaltando que a qualidade dos aparelhos por serem novos não representa qualquer perigo. Assim, também defende a ideia de um acompanhamento profissional inicial com a finalidade de orientar os praticantes quanto aos exercícios proporcionais a sua idade e necessidade.

Para a moradora da quadra 906 Sul, Iete Maria, os aparelhos são fáceis de serem manejados e não exige nenhum esforço físico exagerado. Só ajudou no seu bem estar e aumentou a sua disposição, não causando qualquer reação diferente.

A responsável técnica, Tieme Kojo, diz que a secretaria conta com um grupo de profissionais disponíveis que fazem acompanhamento em horários específicos. Há uma atenção especial aos idosos, ensinando como realizar tais atividades para melhorar sua qualidade de vida e prevenir doenças crônicas como hipertensão, diabetes, dentre outras. Apesar de a orientação ser restrita em poucas horas, é uma forma de incrementar na qualidade de vida da população.

Boa participação do Tocantins na 12ª Copa Brasil de Kart

Por Alex Lima

Entrada do Kartódromo Rubens Barrichello em Palmas. Foto: Alex Lima

O Tocantins teve 13 pilotos participando da Copa Brasil de Kart. Com tempo de duração de quatro dias, a 12ª edição da Copa Brasil de Kart contou no total com a participação de 119 pilotos divididos em 12 categorias. Durante os três dias de treino livre, os pilotos estiveram na pista do Kartódromo Rubens Barrichello na disputa das tomadas de tempo e logo após, no quarto dia, ocorreu o treino classificatório para o grid de largada.

Saíram então, os campeões de cada uma das doze categorias. Destaque para três tocantinenses que venceram nas categorias: Super Cadete, com João Vieira; Junior Menor, com Marcos Vieira; e Graduado, com Felipe Fraga, que é a principal categoria do kart.

O kartódromo palmense é reconhecido nacionalmente por ter uma das melhores composições de estrutura física destinada a esta modalidade. Antonio Vieira, presidente da Federação Tocantinense de Automobilismo, lembra que “receber uma competição como esta é um privilégio, no entanto, a falta de patrocinadores impede que o evento seja melhor divulgado”. Outro componente desagradável é a falta de incentivo tanto por parte do município quanto do estado, que poderiam aproveitar melhor tais oportunidades para promover a divulgação do potencial esportivo do Tocantins, diz o presidente da federação. Esse apoio e divulgação, declara ele, podem fazer com que o esporte alcance mais tocantinenses e que os jovens tenham mais oportunidades para desenvolver seus potenciais.

Rubens Gatti, presidente da Comissão Nacional de Kart, anunciou em setembro que o cronograma da Copa Brasil de Kart de 2010, que aconteceu no Kartódromo Rubens Barrichello, seria uma nova experiência na busca de baixar custo. Segundo Gatti, caso o cronograma seja aprovado, ele poderá ser usado em outras competições deste nível.

Os indígenas na Universidade

Por Wanderson Moura de Castro Freitas


Calourada Cultural Indígena realizada em 24 de agosto de 2010 
Fonte: Site da Universidade Federal do Tocantins (UFT)
 
O ingresso de estudantes indígenas no ensino superior tem sido assunto amplamente debatido, tanto na organização das universidades por meio de leis de inclusão social, quanto na movimentação dos jovens indígenas. Algumas políticas afirmativas foram criadas pelas universidades com o intuito de garantir o direito à educação ao povo indígena. Mas estudantes e a própria universidade afirmam que a falta de orçamento tem causado muitas desistências. 

Um levantamento realizado pela Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Federal do Tocantins (UFT) apontou que a maioria das reprovações dos índios não é por questão de baixo desempenho, mas por número de faltas. Dos 155 indígenas que passaram no vestibular de cotas, seis já se formaram, 47 foram evadidos, dos quais 35 foram desvinculados por falta, sete transferidos, dois desistiram. O restante, 102, está cursando a faculdade. 

Existem inúmeros problemas com a permanência dos acadêmicos indígenas na Universidade justamente porque não possuem condições financeiras para continuar os estudos. Não há investimentos do Governo Federal para a manutenção desses estudantes em cursos superiores, sendo que a própria instituição de ensino, como no caso da UFT que optou por reservar 5% das vagas de cada curso para os indígenas, deve oferecer as condições necessárias para a continuidade da disseminação do saber a esses alunos. O estudante do 3º Período de Enfermagem, Eduardo Romprê Xerente, que entrou na UFT através das cotas, relata a dificuldade que enfrenta em permanecer estudando: “Não tenho bolsa permanência porque não tenho tempo para desenvolver a atividade de pesquisa que a bolsa exige, só continuo estudando com a ajuda da minha família, mas passo por muitas dificuldades financeiras”.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Esportes ao ar livre viram mania entre os palmenses

Por Renato Maio

Imagem ilustrativa

Quem nunca passou pela Praça dos Girassóis e se deparou com uma quantidade de pessoas caminhando, correndo ou se exercitando nas calçadas? Esportes ao ar livre, cada vez mais tomam conta dos finais de tarde dos palmenses. O mesmo acontece no Parque Cesamar, na Praia da Graciosa, ou ainda nas quadras residenciais, onde as praças se transformam em verdadeiros centros olímpicos. Em agosto desse ano, a Prefeitura de Palmas entregou à comunidade a primeira Academia ao Ar Livre, na Quadra 108 Sul. Estiveram presentes o Prefeito Raul Filho, o secretário da Saúde Samuel Bonilha e a comunidade em geral.

Muita gente está trocando as academias por áreas verdes. Se na academia os exercícios de força são os mais requisitados, nos parques, aeróbica e alongamentos são os privilegiados. Segundo o autônomo, Hugo Madeira, exercitar ao ar livre é melhor. “Além do vento, dos pássaros, das outras pessoas caminhando também, a economia é bem visível”, diz.

O aposentado Jorge Guimarães, 62 anos, diz que a melhor coisa que aconteceu foi começar a caminhar ao ar livre. “Sinto-me bem melhor, antes me cansava rápido, me sinto ágil”, e concluindo; “me sinto mais jovem que meus próprios filhos”.

Benefícios

Hoje em dia, uma das maiores causas de morte através de doenças crônicas não transmissíveis é o sedentarismo, aliado ao alcoolismo e ao tabagismo. Segundo especialistas, o sedentarismo pode ser muito mais perigoso para a saúde que o colesterol, a hipertensão, diabete ou pressão alta. A prática de exercícios regulares aliada a uma alimentação saudável acaba com o estresse ao estimular a produção de endorfinas, provocando uma sensação de bem-estar.