segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Gigante Adormecido do Tocantins

Por Caio Capela

Visão para a Tribuna de Honra e as Cabines de Imprensa. Foto: Caio Capela

Não é por acaso que por possuir quatro equipes que representam o nome da capital do Tocantins, o Estádio Estadual Nilton Santos é um dos principais atrativos para a população palmense de lazer e entretenimento. Apesar de ser o maior estádio do estado com capacidade para até 12.000 pessoas, a média de público no Campeonato Tocantinense nos últimos anos não tem sido tão expressiva.

Para se ter uma ideia, esta média está bem longe daqueles 9.941 expectadores do dia 27 de fevereiro de 2008, quando o Palmas foi derrotado por 7 a 0 pelo Atlético-MG na disputa da Copa do Brasil. A razão incômoda dessa lamentável situação pode ser apontada pelo horário das partidas no meio da semana que a FTF (Federação Tocantinense de Futebol) destinou à tabela e também pelo momento de dificuldade financeira que os clubes se encontram, não proporcionando um bom método de divulgação dos jogos. Vale lembrar que já está definida a tabela do Campeonato Tocantinense 2011 sendo que, na 1ª fase, nenhum dos seis jogos na capital será disputado no domingo.

Situado no extremo sul do Plano Diretor, o estádio recebeu apenas 555 torcedores como maior público no estadual deste ano, perdendo consideravelmente para cidades do interior como, Araguaína e Gurupi. Reflexo de todo esse resultado está nos clubes. Em 2010, São José, Tubarão e Palmas ficaram nas últimas colocações do Tocantinense. Só o São José escapou do rebaixamento. É uma realidade triste para o futebol de Palmas.

Visitas - A assessora de comunicação da Secretaria do Esporte, Érica Lima, informou que o estádio não é aberto para visitas cotidianas, mas somente com autorização especial. A confusão se inicia por aí, já que a Diretoria de Esportes declarou por telefone que basta “conversar com o guardinha” para obter o acesso.

No início de março de 2011 começa mais uma edição do campeonato, a 19ª. Com exatamente a metade de títulos conquistados pela soma dos clubes do interior, o futebol da capital tenta com o São José, construir uma tradição quase inalcançável que envolva o público. Se não, ainda continuaremos a ver poucas pessoas vestindo os uniformes nas ruas.
Gramado do Estádio Nilton Santos visto da Tribuna de Honra. Foto: Caio Capela

Um comentário:

  1. Um estádio às moscas é reflexo da pífia campanha dos "grandes" times da Capital.
    A matéria é muito boa, Caio.

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